Caiu que nem uma “bomba” a informação que acaba de chegar ao conhecimento do presidente da Câmara Municipal da Mealhada, dando conta da resolução do Conselho de Ministros que cessa qualquer apoio público à Fundação Mata do Buçaco.
“Isto é uma autêntica vergonha! Estão a asfixiar a fundação e querem desta forma assassiná-la. É assim que interpreto esta decisão governamental”, referiu ao Diário de Aveiro o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Carlos Cabral, claramente indignado e revoltado com a decisão tomada. “Lamentavelmente, é um crime o que está a ser feito, pois o Estado como proprietário do património, quer queira quer não vai ficar com o ‘menino nos braços’”, acrescentou o autarca.
Carlos Cabral faz ainda um paralelo com outras instituições do género, sublinhando que “curiosamente, entre outras, a Fundação Luso que é da Sociedade Água de Luso, que também serve para patrocinar torneios de ténis, pode ser apoiada por dinheiros públicos. É uma vergonha!”, concluiu o autarca.
Projectos ficam em causa
Já António Jorge Franco, presidente da Fundação Mata do Buçaco, acompanha o autarca na sua indignação. “Não se trata da gestão corrente da fundação, mas sim dos projectos a que nos candidatamos para revitalizar e continuar o trabalho de recuperação da mata que ficam em causa com esta decisão, pois assim torna-se completamente impossível desenvolver esses projectos”, frisa o dirigente que manifesta intenção de “com urgência” reunir com os restantes membros que constituem o Conselho de Administração da Fundação Mata do Buçaco, para que seja tomada uma resolução, em consequência da decisão do Conselho de Ministros.
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