CASAS “PASSIVAS” GANHAM ASSOCIAÇÃO EM ÍLHAVO

“Divulgar o conceito ‘passivhaus’ em Portugal, através da promoção de formação, da divulgação de boas práticas e da partilha de experiências e informação”, e “gerir a respectiva certificação” são os objectivos da Associação Passivhaus Portugal (PHPT), criada em Ílhavo.
“Passivhaus” é um conceito eco-amigável já bastante popularizado noutros países mas que está a dar os primeiros passos em Portugal. Tornar as construções “quase autónomas a nível energético, hídrico e alimentar” e assim “alterar o paradigma da utilização dos edifícios” é o propósito deste sistema, explicou ao Diário de Aveiro o arquitecto João Gavião, da empresa de Ílhavo Homegrid, que tem habitações em construção ao abrigo deste conceito.
“Uma ‘passive house’ é um edifício confortável, com reduzidos consumos energéticos e ecológico”, acrescenta o fundador da PHPT, a par com Rafael Ribas e João Marcelino.
A nova associação vai realizar um conjunto de eventos em vários locais do país para divulgar o conceito.
As “passive house” tiveram origem num projecto de investigação iniciado em 1988 pelo sueco Bo Adamson e pelo alemão Wolfgang Feist. Os primeiros protótipos nasceram em 1990, existindo actualmente milhares de edifícios em todo o mundo respeitando este conceito, em especial na Alemanha e na Áustria.
João Gavião descreve assim os edifícios que desenha: “produzem oxigénio, sequestram dióxido de carbono, destilam a água, usam a energia solar como combustível, produzem alimentos, criam microclimas, mudam com as estações do ano…”. “E são bonitos”, avalia.


Diário de Aveiro


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