A Câmara de Aveiro já tem um acordo que lhe permite receber o pagamento das piscinas que vendeu ao Beira-Mar em 2009, a pagar pelo clube em seis prestações anuais de 200 mil euros, a partir do próximo mês de Dezembro, embora sem garantias, mas com base na confiança pessoal. A aprovação do acordo foi conseguido na passada quarta-feira à noite com os votos favoráveis das bancadas da maioria, PSD e CDS, e do PCP, enquanto o PS e o Bloco de Esquerda votaram contra.
A falta de uma garantia foi um aspecto destacado nas intervenções da bancada da oposição assim como o valor pelo qual foi vendido o terreno ou a opção de vender aquela propriedade. “Qualquer aveirense pergunta como é que o Beira-Mar tem capacidade de assumir? Qual é o sentido de, em nome do interesse público, (a Câmara) prescindir de qualquer tipo de garantias, olhando para o histórico de incumprimento?”, perguntou Gonçalo Fonseca. Para o socialista, o terreno foi vendido por um valor, 1,2 milhões de euros, “manifestamente abaixo da sua avaliação”. Seria vendido, posteriormente, à empresa Nivel II, por 2,3 milhões de euros, que também assinou o acordo.
Na defesa da Câmara, Manuel Coimbra, do PSD, disse que o presidente Élio Maia fez “o melhor possível”. Quanto a garantias, o social-democrata acredita que o clube poderá conseguir cumprir, designadamente, através da rentabilização do estádio. Élio Maia também contou com o apoio do CDS que viu no acordo um “ponto de viragem” na relação da autarquia com o Beira-Mar.
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