Costinha havia apelado à entrega, agressividade e ambição dos seus jogadores, porque só desse modo seria possível “bater o pé” ao candidato Benfica. A tarefa não era fácil porque o adversário aparecia em Aveiro sabendo que o FC Porto, seu directo concorrente à conquista do título, havia empatado, no dia anterior, com o Sporting.
Mas essa possibilidade começou a parecer muito remota, quando aos 14 minutos um cabeceamento para golo de Cardozo levou a bola a embater no braço de Hugo. Num primeiro momento, o árbitro hesitou sobre marcar ou não grande penalidade, surgindo então o auxiliar a assinalar a marca de castigo máximo. Chamado a converter, Cardozo não perdoou e este golo, ainda dentro do primeiro quarto de hora, deixava antever que o Benfica faria um passeio por Aveiro, rumo à liderança, isolado, do campeonato.
Na segunda parte, quando seria de esperar entrada a “matar” dos encarnados, foi o Beira-Mar, uma vez mais, a surpreender tudo e todos, assumindo as despesas do jogo. E teve mesmo oportunidades para o conseguir, mas como a eficácia atacante foi má, o Benfica, que também esbanjou duas oportunidades, acabou por vencer por 1-0, não sem passar por grandes momentos de muito, mas mesmo muito, sofrimento.
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