O Colectivo de Intervenção na Defesa dos Interesses dos Habitantes da Coutada (CIDHC) não se conforma com a expropriação de terrenos para a construção do Parque da Ciência Inovação (PCI), em Aveiro e Ílhavo, já autorizada pelo Governo através de um despacho em que é reconhecida a utilidade pública desse procedimento.
O movimento cívico contesta que 35 hectares de terrenos agrícolas, quintais ou casas sejam retirados “aos seus legítimos donos” e entregues à empresa PCI, que envolve parceiros públicos e privados, para a construção de “edifícios, parques de estacionamento e zonas de lazer”. “O interesse público é questionável, uma vez que todas estas infra-estruturas serão, obviamente, privadas”.
“O único argumento favorável usado, e que poderia ser interesse público nesta fase da vida nacional, é dizerem que vão ser criados cinco mil postos de trabalho directos e dez mil indirectos”, refere o CIDHC. No entanto, adverte, trata-se de “um número fantasioso, uma mentira descarada e um facto que permanece por demonstrar”.
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