AVEIRO: “COM UMA MÃO TIRA-NOS O SANGUE E COM A OUTRA VAI-NOS À CARTEIRA”

Dador desde 2008, Luís Martins, de 34 anos, não faltou ontem a mais uma recolha da Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro (ADASCA). Por volta das 11 horas, este alentejano a residir na cidade fechava uma fila com uma mão-cheia de pessoas que responderam ao apelo da instituição. A colheita de ontem coincidiu com o sexto aniversário da associação, celebrado na sede, no mercado de Santiago, com a presença de algumas personalidades do mundo da política.
“Devemos contribuir para o bem-estar de todos. Eu nunca precisei, mas nunca se sabe no futuro”, disse Luís Martins ao Diário de Aveiro. O fim das isenções nas taxas moderadoras não demoveu este dador de sangue e medula de continuar a acudir às recolhas. “As isenções eram uma ajuda, mas não é por isso que vou deixar de dar sangue”, afiançou.
Nem todos, porém, reagem assim - em Janeiro, a ADASCA perdeu cerca de 90 dadores em relação ao mesmo mês do ano passado. “É inacreditável o retrocesso que foi imposto por força da ganância financeira do ministro da saúde”, atirou Joaquim Carlos, fundador e presidente da associação.


Diário de Aveiro


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