Destinado a uma lateral do altar principal da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória, também Catedral de Aveiro, o novo órgão de tubos vai ganhando forma na Hungria e por cá vão acontecendo o mais variado tipo de iniciativas para a angariação de fundos. Convívios, jantares, cd’s, livros… tem-se feito de tudo um pouco para apelar à generosidade da comunidade e promover o espírito de interajuda em torno de um bem de excepção que vai trazer uma sonoridade especial à Sé de Aveiro. Foi o mestre organeiro Áttila Budavari que apresentou a melhor proposta, tendo-se deslocado, no fim do ano passado, a Aveiro para conhecer a Igreja, o local destinado ao instrumento e acertar todos os detalhes. De acordo com o Padre Fausto Oliveira, este processo é “algo muito sério” e a escolha da melhor proposta “envolveu arquitectos e engenheiros, construtores de órgãos nacionais e estrangeiros e organistas profissionais. Tudo pessoas ouvidas e determinantes para a escolha final”. Para o pároco, nem podia ser de outra forma, porque “a vida de um instrumento desta natureza tem de ser projectada para centenas de anos”. E reforça, “para a comunidade cristã da Paróquia de Nossa Senhora da Glória, a aquisição de um órgão de tubos para a sua Igreja Matriz não é um luxo, mas necessidade que será sempre mais-valia para a Catedral, não deixando de o ser também para a cidade”. Numa cidade em que o ensino da música está assegurado a todos os níveis, e o número de executantes é cada vez maior e é generalizado o gosto musical, “parece que a Igreja não deve dispensar todo este potencial”.
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