O "PORTUGAL NOVO" DE RIBAU ESTEVES

Um Estado “mais barato” e “mais eficiente” mas sem descurar, ao mesmo tempo, a “proximidade” aos cidadãos. Este é o modelo que o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) ontem defendeu na conferência “A reforma do Estado e o futuro da região de Aveiro”, que inaugurou um ciclo organizado pelo Diário de Aveiro, Escola Profissional de Aveiro e Associação Comercial de Aveiro.
O autarca de Ílhavo alertou para a necessidade de “construir um Portugal novo” que permita assegurar a “sustentabilidade” do país. E este é “o tempo de apresentar propostas”, afirmou, assinalando que a reforma do Estado é “premente”. “A nossa democracia exige que olhemos para o Estado e lhe dêmos uma volta, adaptando-o às exigências do presente”.
Numa longa intervenção de quase duas horas, o ex-secretário-geral do PSD defendeu a “fusão de entidades”, com implicações nomeadamente no poder local, onde deveria ser desencadeada uma “reforma profunda do desenho dos municípios”. Um figurino “mais ousado” permitiria mesmo a redução das actuais câmaras a “metade” e o fim das juntas de freguesia. Por sua vez, seria criada a figura do vereador das freguesias, sugeriu.
Não sendo o momento propício para a regionalização, Ribau Esteves propôs, por outro lado, a “integração” de diversas entidades nas comissões de coordenação e desenvolvimento regional. O Governo PSD/CDS, porém, “optou por centralizar” vários serviços regionais, lamentou.


Diário de Aveiro


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