AVEIRO: ACORDO COM BEIRA-MAR É UM “REMENDO” E “CHOCANTE”, DIZ OPOSIÇÃO

O vereador socialista João Sousa considera que o acordo recentemente alcançado entre a Câmara e o Beira-Mar, no âmbito do negócio da venda do terreno das piscinas ao clube, não passa de um “remendo” num “processo mal conduzido” pela maioria PSD/CDS.
Os socialistas sempre se opuseram à alienação das piscinas, vistas como um equipamento importante para a cidade, assinalou o autarca. A operação foi “lesiva dos interesses” de Aveiro, declarou.
O Beira-Mar apenas pagou 200 mil euros dos 1,2 milhões de euros devidos ao município pela transacção, o que motivou a instauração de um processo judicial contra o clube. Esta semana, foi revelado que a Câmara e o Beira-Mar acordaram um calendário de pagamento da verba remanescente, em prestações anuais até 2018, retirando o conflito dos tribunais. “A Câmara empurra o problema para a frente, trocando um recebimento integral pelo pagamento em seis anos”, afirmou João Sousa ao Diário de Aveiro.
O eleito socialista adverte ainda que “não há garantias” de que o pagamento do milhão de euros será efectivamente concretizado, lamentando, por outro lado, que a autarquia tenha “abdicado” da possibilidade de reverter a venda, contrariamente ao que era pedido na acção judicial.
As mesmas preocupações foram expressas por Ana Vitória Neves. “O mais chocante é o presidente da Câmara continuar a caucionar pessoalmente um negócio a favor de privados sem ter tomado as devidas providências, sem ter obtido as garantias essenciais, exigíveis ao Beira-Mar, depois de este ter passado um cheque sem cobertura”, lê-se na declaração de voto da vereadora, eleita pela coligação PSD/CDS mas que entretanto perdeu a confiança política de Élio Maia, líder da edilidade.


Diário de Aveiro


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