Após o frenesim consumista do Natal, ontem arrancaram os saldos de Inverno. Serão dois meses de “tentação”, a piscarem o olho à carteira dos consumidores, com propostas que chegam a passar os 70 por cento de desconto e muitas sugestões para a renovação do guarda-roupa.
Para os consumidores é claramente vantajoso, porque têm acesso aos produtos mais baratos, desfrutando de bons descontos logo no arranque da temporada, mas para a grande maioria dos comerciantes significa menos vendas no mês de Natal, o mesmo mês que há alguns anos atrás era o mais forte em termos comerciais. Cada vez mais, as pessoas guardam para os saldos as compras de roupas, calçado e acessórios e este ano, em grande medida devido à crise económica que afecta as famílias portuguesas, foram muitos os agregados que combinaram trocar prendas no Dia de Reis (seguindo a tendência da vizinha Espanha) e assim beneficiar dos saldos. Tempos de mudança que se traduzem em menos lucros para os comerciantes, mas definitivamente mais poupança para os consumidores. Que o diga o casal Marco Saraiva e Lara Saraiva, de férias e às compras no Fórum Aveiro logo no primeiro dia de saldos. “Comprámos agasalhos para ambos, casacos e camisolas, todos com bons descontos. Fomos a duas lojas e gastámos ao todo 89 Euros”, uma quantia que, fora do período de Saldos, dispararia para os cerca de 200 Euros. Residentes em Avanca, “é costume virmos às compras sempre que começam os saldos” e apesar da distância, “vale sempre muito a pena”.