Perante as dificuldades em identificar o homem que, na tarde de 17 de Novembro, foi encontrado morto, enterrado na areia, na Murtosa, a Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro solicitou a realização da reconstituição facial do cadáver, que já está concluída.
Decorrido mais de um mês sobre o achado macabro, a jusante do Cais da Bestida, o corpo do indivíduo, claramente, vítima de homicídio, ainda não foi reclamado e, agora, as autoridades, que já, anteriormente, haviam divulgado as suas características, difundem, também, o retrato robô feito no Laboratório de Polícia Científica.
O cadáver pertence a um homem, de raça caucasiana, com, aproximadamente, 60 anos, e cerca de 1,65 metros. Trata-se de um indivíduo bem constituído, mas "sem ser obeso", com cabelos claros ou grisalhos e sem um dente incisivo no maxilar superior, bem como um espaçamento entre dentes no inferior.
Relativamente às peças de vestuário, envergava umas calças de fazenda/sarja pretas, com dois bolsos laterais e um à frente, e uma camisa de flanela, com padrão xadrez, azul e beje. A camisola, de cor castanha, tinha um decote em bico e as sapatilhas, pretas, mas com sola azul petróleo, da marca K Relax, são de tamanho 40.
O corpo "apresentava a face desfigurada e estava inumado um terreno arenoso, entre a linha de água e a estrada", o que levantou, desde logo, suspeitas de que o homem tivesse sido de morte violenta, que os resultados da autópsia confirmaram. A causa da morte foram, tudo indica, agressões na zona da cabeça.
O avançado estado de decomposição do cadáver, encontrado por um popular, leva a crer que estaria no local há mais de duas semanas.
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