A direcção do Núcleo de Aveiro da Ordem dos Arquitectos, presidido por Ricardo Vieira de Melo, diz que a Câmara de Aveiro não está receptiva a ponderar a localização da ponte que irá atravessar o Canal Central e insiste na importância de travar a ponte “de modo a não ficar comprometida, mais uma vez, a relação da cidade com a sua paisagem e património, como aconteceu com a infeliz ligação ferroviária ao porto de Aveiro”.
Lembra que a nova ponte “obriga à construção de rampas com cerca de 50 metros de extensão”. Teme que funcionem como “barreira visual de grande presença”. Além da extensão aborda a cota altimétrica que poderá chegar aos 3 metros de altura.
Questionando a falta de debate prévio, os arquitectos dizem não perceber a “urgência do atravessamento” e falam do Parque da Sustentabilidade como projecto que nada de novo trará à cidade uma vez que já existe como tal faltando “comércio, equipamentos, e alguma protecção contra intempéries”. Diz que os parques de Sto. António e D. Pedro V continuarão como “percurso de lazer, tão periférico quanto o é hoje”. Diário de Aveiro |