A comissão administrativa do Beira-Mar não compreende o alheamento da autarquia face ao clube. Os dirigentes dizem esperar respostas sobre apoios protocolados e recusam os argumentos da autarquia sobre a falta de apoio com regras impostas pelo Tribunal de Contas. António Regala diz que há inúmeros exemplos de autarquias em Portugal que apoiam os seus clubes. “No estádio da Covilhã vemos Câmara da Covilhã apoia o Sporting da Covilhã com placas no estádio e publicidade nas camisolas. Vamos a Barcelos exactamente a mesma situação. A Câmara de Portimão tem uma empresa municipal que apoia o Portimonense. Vamos a Penafiel e há uma empresa municipal que apoia o Penafiel. As Câmaras apoiam os seus clubes. Disseram-nos em Janeiro que, efectivamente, iam estudar esta situação porque tinham informação que o TC não permitia mas como é que o Tribunal de Contas não permite apoiar o Beira-Mar ou pagar o que deve do contrato programa do ano passado, obrigando a assinar o deste ano que não vai cumprir, nem isso paga, e tem o desplante de dizer que é o TC que não autoriza. Será que Aveiro está fora de Portugal?”, questiona António Regala indignado com a falta de apoio.
Mantém-se o clima de crispação entre Beira-Mar e Câmara de Aveiro numa altura em que o clube procura 200 mil euros para fechar a temporada e na lista das dívidas inclui 56 mil euros da autarquia para o futebol de formação. O dirigente João Silva lamenta a falta de respostas. “Quando fizemos uma reunião com o presidente ele fez crer que havia dificuldades de tesouraria em Janeiro mas que iria resolver o problema. Até hoje estamos na mesma e nem sequer temos resposta formal sobre esse atraso”, revelou o dirigente em declarações ao programa “Segunda Parte”. Diário de Aveiro |