José Cachide afirma que a Câmara de Aveiro não é a única responsável pela situação a que chegou o Beira-Mar. Diz mesmo que Élio Maia defende os interesses da autarquia e só não percebe o tipo de negócio assumido pela Comissão Administrativa no caso da venda do terreno das piscinas.

Numa entrevista ao programa “Segunda Parte” o ex-vice presidente para o futebol e pré-candidato caso os sócios chumbem a criação de SAD, diz que nem tudo é passível de crítica na atitude da autarquia: “O presidente da Câmara de Aveiro fez um negócio a defender a autarquia. Eu critico e condeno quem fez o negócio nas condições em que fez para o Beira-Mar. O terreno das piscinas foi vendido sem ser publicitado para que as pessoas investidoras do ramo pudessem fazer as propostas para que houvesse mais-valias para o clube. Critico a Câmara porque esteve sempre de costas voltadas para o Beira-Mar, mas não posso criticar o presidente porque foi um homem que defendeu a autarquia que é da sua responsabilidade”.

Sobre o protocolo assinado entre Câmara de Aveiro e Beira-Mar diz que não entende como é que de um momento para o outro o clube passa de uma posição de credor para uma posição de devedor: “Isto é caso de polícia. As pessoas que assinaram o protocolo é que sabem a intenção com que o fizeram. Não entendo como é que é possível assinar um protocolo sabendo que aquilo já estava penhorado. O Beira-Mar passou de credor a devedor e não sei que contrapartidas teve com isso”.

Na mesma entrevista mantém uma ideia várias vezes repetida que se a Câmara não cumprir o acordo o clube deve voltar ao antigo estádio: “Continuo a defender essa questão porque o Beira-Mar só pode jogar lá em cima, no Estádio Municipal, se a Câmara cumprir com aquilo que estava assumido desde o primeiro protocolo. Se a Câmara não cumpre, não vale a pena estar lá em cima porque o Beira-Mar não vai conseguir. Cá em baixo, no estádio antigo, acho que o clube já estará numa casa à medida”.

José Cachide em entrevista ao programa “Segunda Parte”.

Diário de Aveiro