A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro pede ao ministro das Obras Públicas, com carácter de urgência, uma audiência para debater a introdução da cobrança de portagens nas auto-estradas SCUT. Em causa, as dúvidas quanto aos chamados circuitos curtos, por exemplo na A25 entre Aveiro e a zona das praias, ou para quem apenas circula entre nós de acesso a localidades.

O autarca de Ílhavo e presidente da CIRA lembra que António Mendonça tinha prometido ouvir os autarcas e até hoje não disse nada: “Queremos saber critérios, queremos saber se o Governo quer ser nosso parceiro para financiar as variantes rodoviárias às povoações principais, sedes de concelho, que estão ao longo da EN109. A EN109 é quem vai receber o tráfego que vai voltar a sair destas auto-estradas logo que estejam portajadas. Queremos também saber se os circuitos curtos, dos residentes, serão ou não cobrados. Lutamos com carácter de urgência para que o Governo nos oiça sob pena de irmos, também, fazer as nossas acções de protesto”.

Ribau Esteves diz pouco saber sobre este anúncio da introdução de portagens nestas vias. Fala de “mau comportamento” do Governo, uma vez que tinha sido acordada uma reunião para se debater este assunto: “Sabemos aquilo que sabem os cidadãos. O Conselho de Ministros aprovou diversos decretos-lei, um dos quais respeitante à concessão da Costa de Prata, que inclui a A17, A29 e estes primeiros 6 Km da A25 e não sabemos mais nada. Não sabemos os critérios nem as contrapartidas. Isto denota uma atitude profundamente incorrecta do Governo porque no dia 7 de Janeiro, o Ministro das Obras Públicas assumiu um compromisso comigo, enquanto presidente da CIRA, de termos uma reunião de trabalho sobre esta matéria”.

Ribau Esteves, presidente da Comunidade Intermunicipal, que exige mais informações do Governo sobre a introdução de portagens na A17, A29 e A25.

Diário de Aveiro