ALUNOS DA UNIVERSIDADE SÉNIOR DA GAFANHA DEBATEM JORNALISMO EM PORTUGAL.

Os alunos da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo demonstram preocupação pela forma como se desenvolve o trabalho jornalístico em Portugal. A disciplina de comunicação continua a promover reflexões críticas com a presença de representantes de órgãos de comunicação e a tertúlia desta semana, com a participação de um jornalista da Rádio Terra Nova, ficou marcada pela abordagem às reportagens nas “cheias” da ilha da Madeira.

O sensacionalismo, o crédito dado a fontes de informação pouco esclarecidas, a duração dos telejornais e a proliferação de declarações – algumas de sentido contraditório – mereceram reparo. Para os alunos seniores, falta uma visão mais resumida e mais clara dos acontecimentos e mais transparência ao nível da presença de comentadores nos órgãos de comunicação. Por se apresentarem como verdadeiros juízos independentes muitas vezes passam uma imagem que não corresponde à realidade de cada vez que eles próprios são alvos de notícias ou investigações e surgem em “pé de igualdade” com os “actores políticos” que antes criticaram.

A noção de verdade, rigor, independência e igualdade no jornalismo foi questionada como algo distante e que as empresas terão cada vez mais dificuldade em alcançar pela depreciação das redacções e pela imposição da economia sobre os critérios editoriais.


Diário de Aveiro


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