O presidente da Câmara Municipal de Aveiro desafiou, esta noite, os Amigos d’Avenida a apresentarem uma proposta concreta sobre o projecto da ponte pedonal entre o Rossio e o Alboi. Élio Maia elogiou a participação deste movimento de cidadãos, mas não deixou de lembrar que “este foi um processo aberto à discussão pública” e que "a seu tempo" a participação deveria ter sido feita e "não um ano depois". O autarca foi claro e disse que “não basta” apresentar “dúvidas”. "São precisos projectos definidos".
“Nós procurámos sempre criar espaço para que as pessoas participassem. Agora essa participação tem de ser concreta e objectiva. Este projecto é público há um ano. Mas um ano depois quem reflectiu sobre este assunto vem aqui apresentar dúvidas. Relativamente ao que nos chegou não podemos concordar ou discordar porque o que nos chegou não é suficiente, disse Élio Maia.
José Carlos Mota, do movimento de cidadãos Amigos d’Avenida, não se mostrou muito satisfeito com a resposta do Presidente da Câmara de Aveiro. Na resposta disse que se trata de um falso argumento de Élio Maia, pois não cabe aos cidadãos apresentarem propostas concretas, mas sim dinamizar e promover a discussão de ideias.
“É uma falsa questão. Não cabe aos cidadãos apresentar propostas. Cabe aos cidadãos pensar sobre os problemas que as propostas em cima da mesa levantam e apresentar algumas pistas. Não se pode agora inverter o ónus e procurar que sejam os cidadãos a encontrar respostas técnicas para problemas de natureza técnica. Hoje foram aqui levantadas algumas dúvidas pelo arquitecto Paulo Anes sobre a natureza da ponte, os impactos e as rampas. Por isso penso que era sensato ponderar-se sobre este assunto”, afirmou José Carlos Mota.
Élio Maia lembrou que, caso venha a ser apresentada uma proposta, deve ser feito até 31 de Maio. Estão em causa 14 milhões de euros para o Projecto da Sustentabilidade e cerca de 600 mil para a ponte prevista para o Rossio. SE o projecto final não der entrada no Programa Operacional do Centro até essa data, a autarquia pede a comparticipação de 70%. Diário de Aveiro |