A União Europeia aprovou, recentemente, o projecto transnacional Ecosal Atlantis, um projecto que a Câmara Municipal de Aveiro integra e do qual fazem parte quatro países: Portugal, Espanha, França e Reino Unido. O projecto visa obter um desenvolvimento conjunto, integrado e sustentável do turismo baseado no património cultural e natural dos espaços salineiros do Atlântico.

Na fase anterior, foi delineada uma rota turística com visitas às diferentes marinhas dos quatro países envolvidos e o grande objectivo agora é implementa-la e obter o reconhecimento do Instituto Europeu das Rotas Culturais, como explica Ana Gomes, responsável pela divisão de museus e patrimónios da Câmara de Aveiro: “No âmbito do Interreg IIIB foi criada esta rota composta por vários parceiros, mas não foi implementada. Este Interreg vai permitir dar o salto e implementar a Rota. Fará parte de um circuito internacional, com os respectivos elementos de divulgação associados, como um produto único e comum a estes países. Visa que o visitante tenha um contacto com a produção do sal artesanal das mais diversas especificidades relativamente a cada parceiro”.

Maria da Luz Nolasco, vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara de Aveiro, acredita que a implementação deste projecto é uma forma de dinamizar o sal de Aveiro: “O sal de Aveiro é um sal que tem grande notoriedade pela relação com as marés, pelo sol que tem, pelo seu valor de magnésio e é um produto que, hoje em dia, até a alimentação biológica valoriza na confecção de uma gastronomia mais saudável. Neste âmbito, acredito que, desta forma e com estes programas de sensibilização e de cruzamento com outras experiências de outros países, se consiga revalidar o valor deste ingrediente para a humanidade”.

O orçamento do projecto ronda os três milhões de euros, comparticipados em 65% pelo FEDER, e a duração de 36 meses. A Câmara de Aveiro contribui com cerca de 384 mil euros.
Diário de Aveiro