O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro já fez saber ao novo Ministro dos Transportes e Obras Públicas a posição dos autarcas da região sobre a introdução de portagens na A17 e A29. Ribau Esteves diz que no encontro realizado na passada semana, ficou claro que a CIRA não está contra as portagens, no entanto pediu especial atenção para os circuitos de curtas distâncias, realizados, na maioria dos casos pela população local. Considera que não deveriam ser portajados.

“A nossa posição é de aceitar o princípio de aplicação de portagens na A17 e A29, sendo certo que precisamos de saber qual é a lógica do Governo, nomeadamente nos circuitos de curta distância que entendemos não devem ser portajados. Falo de percursos como Aveiro/Ílhavo, Ílhavo/Vagos ou Estarreja/Aveiro. São circuitos que, em regra, são feitos pela população local e por isso queremos saber o que o Governo pretende fazer. Precisamos também do compromisso de que nos será dado acesso a fundos comunitários para que os municípios possam investir na criação de vias de acesso aos aglomerados”, defendeu, mais uma vez, Ribau Esteves.

No que toca à A25, no troço entre o Estádio Municipal de Aveiro e a Ponte da Barra, Ribau Esteves continua firme na sua posição. Diz que a hipótese de introduzir portagens nesta zona “é um erro”, pois trata-se de uma zona urbana e de acesso ao Porto de Aveiro.

“Não há nenhum motivo que justifique a aplicação de portagens neste primeiro troço da A25. Relembro que a decisão do Governo foi de não introduzir portagens nesta via e era o que faltava que neste troço, marcadamente urbano e que serve uma zona portuária, ser portajado. O senhor ministro ouviu a nossa total discordância em relação a este assunto e a convicção de que se trata de um erro que tem de ser corrigido”, reiterou o presidente da CIRA.

Os autarcas da Região de Aveiro aguardam, agora, uma decisão do Governo sobre a introdução de portagens na A17 e A29 e pedem ainda informações sobre os apoios que serão disponibilizados às autarquias para investimento em vias de acesso às povoações.