A Assembleia de Credores da Oliva marcada para hoje foi adiada. Mesmo assim os 184 trabalhadores resolveram manter o plenário. Vão esperar pela próxima Assembleia e pedir um reunião com a administração. Recusam a greve porque, dizem, a fábrica já está parada.
David Soares, da Comissão de Trabalhadores, diz que a situação complica-se para os trabalhadores: “Estamos sem salários. Já temos o subsídio de Natal de 2008 e agora estamos com metade do salário de Dezembro de 2009 e o subsídio de Natal em atraso. Pretendemos que a administração nos resolva o problema. O pré-aviso de greve mantém-se e iremos analisar as formas de luta que iremos tomar. Não faria sentido entrarmos em greve com uma produção parada. Estamos à espera que seja agendada uma nova reunião de credores para decidir como iremos levar a cabo a nossa luta”.
Fernando Bastos, um trabalhadores da Oliva, fala em falta de segurança na empresa num cenário de estaleiro: “Já passa a ser um estaleiro. Já não é uma empresa. Onde há lixo e onde cai água onde trabalhamos. O Ministério do Ambiente e a Delegação de Saúde devia vir ver estas condições de trabalho. Somos violentados com falta de condições”.
Os trabalhadores da Oliva à espera de nova Assembleia de Credores.Diário de Aveiro |