O presidente da concelhia de Ílhavo da JS mostra-se desiludido com os resultados das últimas eleições autárquicas, na medida em que considera que as pessoas responderam bem à campanha socialista, deram esperanças e depois acabaram por não votar no PS como era esperado. Marco Martins diz que foi feito um bom trabalho por parte dos candidatos, mas o problema maior reside no facto de Ílhavo ser um município de direita, o que dificulta o trabalho do PS.
“Sociologicamente, Ílhavo sempre foi um concelho de direita, do PSD. O PS tem trabalhado muito e para nós, uma das coisas que mais me marcou, foi que tivemos uma adesão muito forte, com pessoas a dizer que votariam em nós, e depois isso não se verificou, apesar de nos terem enchido de esperança”, adiantou o dirigente da JS.
Marco Martins considera ainda que, nos últimos anos, o PS não tem conseguido passar a mensagem e por isso é preciso continuar a trabalhar. Entende que é uma luta desigual e admite que, em Ílhavo, há um culto pela figura de Ribau Esteves.
“Parece-me que o PS não está a conseguir passar a mensagem, mas isso não é de agora, leva já 12 anos. Estamos a lutar com armas desiguais, ao que se associa a questão sociológica. Depois, em Ílhavo, parece que as pessoas gostam de Ribau Esteves e ele pode fazer o que quiser que as pessoas aceitam. Mas as pessoas esquecem-se que, se fosse pelas ideias dele, Ribau Esteves não seria presidente da câmara. Só o é porque as coisas correram mal em Lisboa e ele teve de se agarrar ao que tinha”, disse Marco Martins, presidente da concelhia de Ílhavo da JS em entrevista ao programa conversas. Entrevista para ouvir logo mais, depois das 19 horas. Diário de Aveiro |