A Câmara de Estarreja diz que o traçado B proposto pela RAVE para o TGV coloca em risco a plataforma logística que se encontra presentemente a ser submetida a um plano de pormenor. O investimento, junto à A1 e à A29, “poderá ser inviabilizado de forma irreversível caso avance a Solução B” a poente da A1. Em termos de ordenamento de território, o relatório da autarquia considera superficial e redutora a classificação de impacto “Pouco Significativo”, num contexto de revisão do PDM de Estarreja e de outros instrumentos de planeamento estruturantes que não tiveram em conta o corredor do TGV.
Na opinião dos serviços de planeamento e urbanismo, mesmo que se venha a optar pela solução menos má, “não deverão haver medidas de minimização suficientes que compensem, de forma eficaz, os efeitos perversos que (a passagem do TGV) provocará no concelho de Estarreja”.
A participação no Estudo de Impacto Ambiental volta a alertar para os efeitos negativos das duas soluções e classifica a solução A, a nascente da A1, como a “menos má”. Qualquer dos traçados trará problemas ambientais, socioeconómicos e de ordenamento, conclui a análise técnica da autarquia emitida na consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) aos corredores da Ligação Ferroviária de Alta Velocidade (TGV) entre Lisboa – Porto (Troço Aveiro – Vila Nova de Gaia). Apesar de tudo, a Solução A (corredor a nascente da A1) é a que se afigura como a “menos má”.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro também emitiu, por unanimidade, um parecer na consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental sobre o traçado que irá atravessar cinco municípios da região Oliveira do Bairro, Aveiro, Albergaria, Estarreja e Ovar. Diário de Aveiro |