ÍLHAVO: CANDIDATURA DO BLOCO DE ESQUERDA DIZ QUE NÃO PODE PROMETER OBRAS POR DESCONHECER O REAL VALOR DA DÍVIDA DA AUTARQUIA. |
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| A candidatura do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Ílhavo assume que no seu programa eleitoral não constam projectos de obras, não que o município não necessite de novas infra-estruturas, mas sim porque dizem desconhecer o valor real da dívida e por isso não querem comprometer-se com os cidadãos para depois não cumprirem as promessas. Paulo Corceiro destaca, por isso, como prioridades a definição de uma política social de habitação, a dinamização de campanhas de recolha e distribuição de manuais escolares e a revitalização das zonas industriais. A questão do urbanismo é também defendida como estruturante, sobretudo nas freguesias da Gafanha da Nazaré, Gafanha do Carmo e Gafanha da Encarnação. No que toca à revisão do PDM, o candidato do Bloco de Esquerda diz que “está a ser feita à pressa” e “serve apenas para algumas obras”.
“O PDM devia ter sido revisto há anos e em Agosto de 2009, começou a ser revisto à pressa e sem qualquer visão estratégica para o concelho. Existe apenas a preocupação em fazer pequenos pontos, pequenas obras que possam sair no jornal mensal da câmara e que não representam absolutamente nada para a população”, criticou Paulo Corceiro.
A Marina da Barra é outro dos temas centrais defendidos pela candidatura bloquista. Paulo Corceiro diz não perceber como se fazem projectos sem que estejam previstos os investimentos necessários. “Foi feito um concurso de ideias de arquitectura que não tinha qualquer condicionante programática, ou seja, foram propostas para a Marina da Barra onde nunca se falou do financiamento prevista. Trata-se de um projecto que caricatura os projectos do Dubai, numa certa atitude provinciana. Fico surpreendido como se brincam com milhões num projecto destes, sem pensar no seu financiamento”, acrescentou.
O candidato do Bloco de Esquerda acusa ainda o actual executivo de utilizar os meios da Câmara para a auto-promoção do actual presidente. “A promoção pessoal tem custado bastante aos cidadãos de Ílhavo. Temos várias publicações no concelho de Ílhavo cujo único objectivo é a promoção pessoal do presidente da câmara e mais ninguém, até porque os restantes elementos do PSD são anónimos. Temos um livro publicado que foi escrito pelo presidente, que custou mais de três mil euros e esse dinheiro poderia ter sido usado noutros fins”.
O Bloco de Esquerda compromete-se ainda a adoptar uma política de transparência, a defesa dos serviços públicos e o reforço da intermunicipalização da rede de transportes públicos. Na área cultural, o destaque vai para o estabelecimento de estratégias e parcerias para a valorização do património arquitectónico do Bairro Operário da Vista Alegre.Diário de Aveiro |
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