Este Natal, Aveiro será uma cidade escura e sem o típico brilho da quadra natalícia, mas a conjuntura assim o obriga, justifica a vereadora Maria da Luz Nolasco avançando ainda que a autarquia, “com o apoio da sociedade civil e da Associação Comercial de Aveiro, vai procurar parcerias nesse âmbito”, tentando contrariar a magreza dos cofres autárquicos. Magras são também as expectativas dos comerciantes para este Natal, com uma quebra de vendas, em alguns casos acima dos 50 por cento relativamente ao ano passado, com as dívidas aos fornecedores a acumularem-se e a dispensa de pessoal a ser um último recurso inevitável.
O quadro não é de optimismo e, de uma forma geral, todos os comerciantes reconhecem que uma cidade animada, enfeitada e iluminada é muito mais atraente, em termos comerciais, mas também vão admitindo que a situação não está para excessos e até compreendem os cortes a que a Câmara se diz obrigada, como forma de reduzir despesa. Um misto de sentimentos que espelha a angústia, especialmente, dos empresários do comércio tradicional, que lutam diariamente para fazer face às despesas e manter abertas as portas.
Diário de Aveiro |