Moção de censura chumbada pela maioria PSD/CDSPP. Mesmo assumindo erros na caminhada, os partidos da coligação que governa a Câmara de Aveiro acreditam que o esforço de recuperação da autarquia é notório. Do PS e dos restantes partidos de “esquerda” a crítica por longos anos a falar da herança.
A maioria de direita uniu-se para rejeitar a moção de censura do PS à gestão camarária na Assembleia Municipal. Uma fotografia desfocada, manipulada, vazia de conteúdo resumiu Olinto Ravara, da bancada do PSD, desvalorizando alguns percalços da maioria.
“Nem tudo pode correr conforme o previsto e conforme o desejável. De que são exemplo as alterações aos projetos do Parque da Sustentabilidade e as alterações no próprio seio do Executivo. É verdade que estas mudanças geraram algum mau estar no Executivo e na Coligação, como não podia deixar de ser”.
O PCP, através de António Salavessa, alinhou com os socialistas mesmo sem ver “nenhum argumento novo”. Um voto favorável com ressalvas. “Não porque concordamos com todos os considerandos da mesma ou com o modo como esses considerandos estão formulados. Votaremos a favor, trazendo a esta Assembleia a censura formulada por setores muito vastos da população do concelho, porque essa é a censura que verdadeiramente interessa”.
Idêntica atitute tiveram os eleitos do Bloco de Esquerda. Nelson Peralta afastou atos de auto-justificação ou do desafio para Élio Maia ser recandidato. “Nós não estamos a avaliar o Executivo passado do Partido Socialista. Estamos a fazer uma Moção de Censura e este Executivo e é isso que nós falamos. O Partido Socialista diz que pediu a Élio Maia para se recandidatar mas o Bloco de esquerda não se mete nessa questão”.
Gonçalo Fonseca tinha pedido à maioria a “afirmar o seu orgulho” nos sete anos de presidência de Élio Maia e ir a votos pela terceira vez nas eleições do próximo ano.
Paulo Lobo, do CDS, foi curto a apreciar a fundamentação da censura. “Nesta apresentação assistimos a um exercício puro de demagogia política. O Senhor Presidente da Câmara e os Senhores Vereadores desmontaram verdadeira e brilhantemente os falsos pressupostos da moção”. Diário de Aveiro |