Um militar do posto da GNR de Vagos deverá responder, em tribunal, no final deste mês, por tentativa de homicídio, crime que se reporta a meados de Maio do ano passado, quando o guarda disparou contra uma viatura em que se encontravam três homens, por estar “transtornado”.
Naquela manhã, na Rua Sá Carneiro - perto do edifício da Junta de Freguesia de Santo André -, M. P., de 35 anos, que estava descalço e vestido à civil, terá abordado três homens que seguiam, num veículo, para o emprego, tendo pedido para se identificarem. A certa altura e, sem que ninguém contasse, “sacou” um revólver Magnum e alvejou a carrinha dos operários da empresa Predivagos. Assustados, os trabalhadores abandonaram o local e, nessa altura, M. P. disparou novamente. As balas só não terão atingido os homens porque estes se baixaram a tempo.
Outras pessoas foram, alegadamente, importunadas pelo mesmo guarda, que atravessava um processo de separação. Gritava-lhes e, com um discurso incoerente, em que se sobressaíam palavras soltas, como “FMI” e “troika”, enquanto lhes apontava a arma, pedia-lhe dinheiro ou exigia que lhe entregassem dinheiro.
Segundo apurou o Diário de Aveiro, na altura, os colegas do militar, natural da Figueira da Foz, já haviam reparado que este evidenciava sinais de desequilíbrio e o comandante do posto aconselhara-o, inclusive, a procurar ajuda junto de um psicólogo.
Depois do incidente, o guarda foi detido nas imediações do local dos disparos e, por estar perturbado, acabou por ser internado na ala psiquiátrica dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Diário de Aveiro |