O responsável pela concelhia socialista de Vagos diz que as autárquicas de 2013 são a grande oportunidade do partido assumir a disputa do poder em Vagos. Mudanças na autarquia com a limitação de mandatos de Rui Cruz e um trabalho de fundo feito pela concelhia que vive o seu relançamento são as apostas de Bruno Julião que promete um projeto estruturado de acordo com as necessidades do concelho.
Ouvido no programa “Conversas”, o dirigente político diz que este é o momento de relançar o PS em Vagos considerando a alternância democrática essencial em qualquer concelho do país. “Os sinais da comunidade são claros de que é necessária uma mudança. São muitos anos, décadas de poder, o que não pode acontecer em nenhum território. Nenhum território se desenvolve harmoniosamente se não houver alternância no poder”.
O dirigente do Partido Socialista de Vagos admite que o prolongamento de um partido responsabiliza também as oposições. Admite que nesses casos significa que os partidos não fizeram o seu trabalho.
“Isso tem a ver com a forma com a oposição trabalha ao longo dos anos. Temos que fazer mea culpa porque isso significa que houve boa implantação do PSD, que fez bom trabalho, enquanto os outros partidos não fizeram esse trabalho de envolvimento, de forma permanente, fora dos períodos eleitorais. Penso que com este trabalho que estamos a desenvolver as coisas poderão correr bem melhor para o PS”.
Em entrevista ao programa “Conversas”, numa emissão que pode ser ouvida excecionalmente esta sexta, às 19h00, o presidente da concelhia socialista de Vagos adianta que quer fechar a escolha de candidato às autárquicas até final do ano mas não se coloca no papel de pré-candidato.
Bruno Julião diz que esse processo é discutido com os militantes e que o perfil é, nesta fase, o mais importante. Apesar de reconhecer que em muitos concelhos o presidente da concelhia assume a candidatura mas no caso de Vagos essa não é a perspetiva.
“Nem é a minha ambição nem a minha previsão. Há muitas concelhias onde isso acontece mas nós neste momento estamos na fase de reflexão. Temos que escolher até final deste ano. Vamos seguir os estatutos com toda a calma”.
Bruno Julião já assumiu que o desafio no próximo mandato para quem ganhar a liderança da autarquia passa por selecionar projetos e ser criterioso na aplicação de dinheiro.
“É importante perceber o que vai existir em Vagos depois deste processo de ajustamento financeiro e de compressão. Os recursos não vão ser muitos. Têm que ser vocacionados para investimento criterioso alvo de estudos. Os eixos terão que ser a área social, inovação em empreendedorismo e que tragam valor acrescentado. Vamos aproveitar a criação de um gabinete de estudos para fazer essa avaliação”.
O líder da concelhia socialista em entrevista ao programa “Conversas” numa edição que pode ser ouvida esta sexta às 19h00. Diário de Aveiro |