O Bloco de Esquerda quer entregar a carta de ex-assessores da Câmara de Aveiro e do Beira-Mar sobre o processo de venda das piscinas no Ministério Público. Para a concelhia de Aveiro aquele documento distribuído na Assembleia Municipal de Aveiro “conterá indícios da prática de vários crimes”.
Diz que “a confirmar-se a veracidade dos factos relatados, o objetivo do executivo municipal PSD/CDS sempre terá sido o de conscientemente vender o terreno das piscinas abaixo do seu preço real” e que o “Presidente Élio Maia teria conhecimento da intenção de revenda do terreno por parte do Beira-Mar a um preço mais elevado e escondeu esse facto dos órgãos autárquicos nomeadamente aquando da votação do acordo em causa”.
Outra das passagens que chama a atenção do BE é a fase em que se dá a entender que a própria ocupação do terreno terá sido ditada com o objetivo de conferir uma maior valorização.
Esta leitura do BE é sustentada numa citação em que os dois assessores a dado passo salientam que "é desenhado um quadro de utilização do terreno, por parte da Edilidade, de otimização do seu valor, traduzido por um destino de ocupação para um equipamento comercial-lúdico-desportivo".
Ainda segundo a leitura que o BE faz do documento levado ao conhecimento dos deputados municipais, “o presidente Élio Maia teria abusado do seu poder ao decidir realizar a escritura de venda fora do notário da CMA de forma a deliberadamente esconder essa operação do conhecimento dos vereadores do CDS” e “teria ainda deixado passar a validade do cheque de pagamento”.
Para a estrutura coordenada por Nelson Peralta, “o teor da carta demonstra a passividade com que as relações perigosas autarquia-futebol-construção civil são encaradas em Aveiro”. Diário de Aveiro |