A Greve de estivadores veio para ficar até final de Novembro e, no limite, vai prejudicar os próprios estivadores. O aviso é deixado pelas empresas de estiva que estão a desviar navios para portos operacionais. Advertem os estivadores para os prejuízos e para a falta de meios para pagar salários.
As empresas de estiva do Porto de Aveiro começaram hoje já a preparar com os clientes mais desvios de navios para outros destinos. Leixões será um dos maiores beneficiados devido ao prolongamento da greve dos estivadores.
Os prejuízos das sucessivas paralisações contra o novo regime do trabalho portuário vão ter reflexos negativos, nomeadamente nas receitas necessárias para pagar os salários dos próprios estivadores.
Aviso deixado por José Manuel Correia, da associação das empresas de estiva do Porto de Aveiro. “Já há desvio de navios para Leixões. Isso vai prejudicar a curto, médio e longo prazo, a faturação da ETP pondo em causa o pagamento de salários”.
Em Aveiro, empresas e estivadores mantêm um outro braço de ferro. A Associação do Trabalho Portuário, que funciona como bolsa de estivadores, foi declarada insolvente. E as empresas condicionam o plano de viabilização a uma proposta de redução da força laboral que vai para além do que os estivadores estão dispostos a aceitar.
A bolsa está em vias de ficar sob gestão dos estivadores. “Estão a bater neles próprios. O plano que eles apresentaram era baseado em determinados pressupostos e, depois, com estas greves os pressupostos estão todos a cair”. Diário de Aveiro |