Como tem sido a relação com a região e a cidade?
Está a decorrer muito bem. A relação entre a CIRA (Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro) e a UA é considerada exemplar e é, por isso, caso de estudo do Observatório do QREN. Queremos, claro, fazer mais e melhor e vamos assinar um protocolo de cooperação, “Melhor Cooperação, Mais Futuro”, com um enorme leque de programas: incubadora em rede, preparação para o novo programa-quadro, Grupo de Acção Costeira, Parque da Ciência e Inovação, divulgação em ciência, entre outras.
Com S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis as coisas também estão a correr bem e com Águeda a relação está mais do que consolidado. Já com Aveiro a relação tem sido menos profícua. O Parque da Sustentabilidade começou torto, ainda no tempo da anterior reitora, porque houve convites a professores individuais e não um desafio à UA. Entrámos no projecto porque precisávamos da oportunidade para salvar a “Fábrica”, porém, a Comissão de Acompanhamento prevista nunca funcionou, pelo que não nos revemos na maioria das soluções adoptadas, as quais nunca foram discutidas connosco.
Mas tem consciência que o nome da UA tem sido muitas vezes usado, pela maioria PSD-CDS/PP que governa a Câmara de Aveiro, para validar os projectos do Parque da Sustentabilidade?
O parque foi uma soma de projectos mas não constituiu uma abordagem integrada, participada e discutida pelos parceiros. Portanto, a UA, no essencial, tratou do projecto da “Fábrica”, mas sobre os outros projectos não foi tida nem achada.
E noutras áreas, tem conseguido manter diálogo com a Câmara de Aveiro?
Também noutras áreas não houve desenvolvimentos. A relação pessoal é a melhor possível e tenho sido muito bem tratado pelo senhor presidente e pelos senhores vereadores. Mas tenho às vezes a sensação que, mau grado a gentileza dos autarcas aveirenses para comigo e para com a UA, a cidade no seu todo não percebeu ainda, profundamente, o que significa ter nela uma universidade como a nossa.
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