A Reforma do Estado "deve contar com contributos dos partidos, de outras instituições e organizações associativas e da restante sociedade civil", defende D. António Francisco dos Santos. Para repensar o país e o Estado Social "é preciso responsabilizar os políticos, pedir-lhe mais diálogo e que olhem para os mais pobres", defende o Bispo de Aveiro. Numa altura em que o Governo estuda cortes permanentes de quatro mil milhões de euros na despesa, D. António Francisco dos Santos disse que esta "é uma tarefa que não se esgota no Estado". “O primeiro grande imperativo neste quadro do repensar o país e desenhar o Estado Social é responsabilizar os eleitos, que são os representantes livremente escolhidos pelo povo. Em segundo lugar, é sensibilizá-los para que saibam escutar os que mais sofrem e depois também não se esgota nas decisões do Estado ou do Governo o desenho do bem-comum para Portugal. É preciso que eles saibam abrir-se ao diálogo, quer com os outros partidos, quer com as outras instituições e organizações associativas, quer mesmo com a sociedade civil", referiu. Sobre a presença de técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal para ajudar o Governo na reforma do Estado, o Bispo de Aveiro diz que não faz sentido dispensar mais este contributo, mas é preciso apostar também nos técnicos portugueses. Fonte: RR Diário de Aveiro |