UMA MAIORIA CONTRA PROJECTO DA NOVA AVENIDA

O projecto-base para a requalificação da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, em Aveiro, revelou-se uma ideia mal recebida pela Assembleia Municipal, na reunião da passada quarta-feira à noite, à excepção da Câmara, que encomendou o trabalho a uma equipa técnica, e do deputado municipal Olinto Ravara, do PSD.

De resto, mesmo os deputados dos partidos da maioria, PSD e CDS, à excepção de Olinto Ravara, que disse tratar-se de um projecto “globalmente muito interessante, responde à desertificação, comércio e estacionamento”, todos se pronunciaram contra o que foi apresentado.

No essencial, não agradou pela retirada de grande parte da circulação automóvel da avenida. Paulo Anes, do PSD, diz que há um “obsessivo repúdio pelo automóvel”, enquanto a realidade é “desconsiderada”.

A ser executado, o resultado seria uma “verdadeira tormenta”, concluiu. Para o social-democrata, o verdadeiro problema é o facto da avenida “perder população residencial e comercial e a falta de vida no interior dos edifícios”, enquanto a proposta são “medidas de cosmética”. Notou ainda que a equipa demonstrou “insensibilidade“ e falta de “disponibilidade para ouvir e alterar”.

Para a equipa, segundo o coordenador Jorge Carvalho, a “função pedonal é estruturante”, assim como o uso da bicicleta. O uso do carro será reduzido a uma presença de 70 por cento para 30 por cento, segundo o projecto, e entrar na avenida pelos topos não é possível de automóvel. A “grande entrada” seria junto ao Oita. Pelos topos da avenida, seja pelo Ponte-Praça ou pelo túnel da estação, só será possível em transportes públicos.


Diário de Aveiro


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