O deputado Nuno Magalhães informou, no âmbito do julgamento do Face Oculta, “ter mantido sempre um contacto discreto mas cordial com o senhor Manuel Godinho”.
Nuno Magalhães que, enquanto deputado, usou da prerrogativa de depor por escrito, salientou que o relacionamento com o empresário de Ovar “foi adequado e formal”, confirmando ter almoçado várias vezes com Manuel Godinho e Narana Coissoró.
Na carta, à qual o Diário de Aveiro teve acesso, o líder dos deputados centristas informou ter sido advogado de Manuel Godinho, entre 1997 e 1998, quando era estagiário de Narana Coissoró.
Na sessão de ontem do julgamento do caso Face Oculta foram ouvidas cinco testemunhas, dirigentes e auditores das Finanças, apresentadas pelo arguido Mário Pinho, antigo chefe da Repartição de Finanças de S. João da Madeira.
A primeira testemunha, Vítor da Conceição Negrais, ex-director de Finanças de Aveiro e do Porto, já aposentado, disse ter conhecido Mário Pinho quando este era responsável pela Repartição de Finanças de Esmoriz. “Conheço Mário Pinho há alguns anos e não tive conhecimento de alguma intervenção directa ou indirecta do senhor Mário Pinho nas empresas do senhor Manuel Godinho”, afirmou Vítor da Conceição Negrais.
“No dia 17 de Maio de 1999 dei em Aveiro um despacho de penhora a uma empresa do senhor Manuel Godinho, tendo sido concedida isenção em Esmoriz e a título precário”, explicou aquele antigo dirigente das Finanças de Aveiro.
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