Diogo Frazão, Gil Cardoso e João Cunha: são estes os principais rostos no distrito da contestação estudantil à política educativa do Governo. Pela mão destes três jovens, Aveiro associa-se hoje à Jornada Nacional de Luta do Ensino Secundário com manifestações previstas para a capital do distrito e para S. João da Madeira.
O protesto nacional foi desencadeado numa escola de Lisboa mas alastrou a outras localidades. Em Aveiro, as escolas secundárias José Estevão e Homem Cristo aderiram à causa. E o mesmo aconteceu com as três escolas secundárias de S. João da Madeira.
Na capital do distrito, os estudantes concentram-se à porta das escolas, seguindo depois até à Câmara. A norte, os alunos juntam-se diante da Escola Serafim Leite, a única das três que ainda não foi requalificada. “É a escola que está em piores condições, por isso é aí que faz mais sentido protestar”, explicou João Cunha ao Diário de Aveiro.
Este sanjoanense de 16 anos frequenta na Escola João da Silva Correia. Este estabelecimento de ensino beneficiou de obras de requalificação, terminadas em 2011, que custaram 6,6 milhões de euros aos cofres da autarquia local - na inauguração das instalações, o presidente da edilidade, Castro Almeida, sugeriu que a Parque Escolar, devido aos preços que pratica, deveria ser extinta.
Aluno do 10.o ano de Humanidades, João Cunha é filiado na Juventude Comunista. Igualmente ligado ao PCP está Diogo Frazão, de 17 anos. Aluno da Escola José Estevão, em Aveiro (que recebeu obras de 12 milhões de euros), este jovem natural da Damaia, em Lisboa, é outro dos grandes dinamizadores do protesto estudantil de hoje.
As acções em Aveiro e S. João da Madeira visam “protestar contra os cortes já anunciados para a educação, contra a falta de condições materiais e humanas nas escolas, contra o fim do passe escolar, contra o novo Estatuto do Aluno e por mais investimento”.
Diário de Aveiro |