Na sequência da aprovação na Assembleia da República, em Janeiro deste ano, de vários Projectos de Resolução que então recomendavam ao Governo que, “tão rápido quanto possível”, procedesse à execução do primeiro passo do programa de sustentabilidade do Baixo Vouga Lagunar, o Deputado Filipe Neto Brandão, em meados de Setembro, endereçou uma pergunta à Ministra do Ambiente, do Mar e do Ordenamento do Território (MAMAOT), inquirindo-a relativamente à previsão do início das obras destinadas à conclusão do sistema primário de defesa contra marés do Baixo Vouga Lagunar. "A Ministra Assunção Cristas veio agora responder ao Deputado aveirense, remetendo para o próximo Quadro Comunitário de Apoio a possibilidade de se efectuar a intervenção em causa", pode ler-se num comunicado de imprensa do PS. Para Filipe Neto Brandão, a resposta da Ministra é “muito decepcionante”, constituindo “um verdadeiro balde de água fria nas justas aspirações das gentes do Baixo-Vouga”. “O que a Ministra veio dizer aos aveirenses é que, em síntese, não tendo o anterior Governo resolvido a questão, o atual também o não fará tão cedo, remetendo a 'análise da possibilidade' para o próximo QCA”. “O que a Ministra, afinal, confessa é que este Governo é, nesta matéria, uma redundância: se antes não fizeram, agora também não faz. Ora, a principal razão por até hoje não ter sido dado seguimento ao projecto do Baixo Vouga foi, como se sabe, o ping-pong entre o Ministério do Ambiente e o Ministério da Agricultura, cada um alijando sobre o outro a responsabilidade pelo seu custeio. Esperávamos, assim, que estando pela primeira – e provavelmente irrepetível – vez os serviços do ambiente e da agricultura sob uma mesma tutela, a Ministra assumisse a resolução do problema", pode ler-se. Diário de Aveiro |