A ministra do Ambiente remete para o próximo pacote de fundos europeus (2014/2020) uma “eventual” intervenção no Baixo Vouga Lagunar. Em resposta a um requerimento do deputado socialista Filipe Neto Brandão, Assunção Cristas adianta que “no próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA) a possibilidade de se efectuar a intervenção será devidamente analisada, com vista à sua eventual concretização”.
A resposta da governante da coligação PSD/CDS foi ontem dada a conhecer pelo ex-governador civil de Aveiro, que em Setembro inquiriu o Ministério sobre qual a previsão para o início das obras de conclusão do sistema de defesa contra marés - intervenção há muito reclamada na região.
A ministra lembra que o projecto, avaliado em cerca de 25 milhões de euros, não se enquadra no PRODER, um programa comunitário de apoio ao desenvolvimento rural. “Do ponto de vista do financiamento para infra-estruturação em regadio, o Baixo Vouga Lagunar não pode ser avaliado nem comparado com os restantes projectos de aproveitamentos hidroagrícolas potenciais, numa óptica de pura rentabilização da actividade agrícola ou dos capitais investidos”, esclarece a tutela.
Assunção Cristas acrescenta que a agricultura praticada no local “está subordinada às fortes condicionantes ambientais” na zona, decorrentes da existência de uma Zona de Protecção Especial. Este facto impede a “intensificação cultural convencional esperada no âmbito de investimentos desta dimensão económica”.
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