Às críticas do presidente do Beira-Mar, o ex-treinador da formação que penhorou o autocarro do clube diz que não cede porque fez tudo o que era possível em nome de um acordo. Ricardo Pinheiro diz que esteve no Beira-Mar sem receber e que o clube falhou o acordo de pagamento. Lamenta, ainda, que não tenha havido qualquer reação ao contacto dos advogados na fase da penhora. Diz que foi colocado numa situação extrema.
“Não sei se as declarações são para ver se vou ceder mas não cedo. Ou pagam ou o autocarro tem que ser vendido. Têm que me pagar tudo. Andei dois anos no Beira-Mar de borla. Dei dois campeonatos distritais e a valorização foi zero. Quem não abrir o olho brevemente não vai penhorar nada porque o Beira-Mar não tem nada. Têm que resolver o meu problema. Não quero saber se têm mais credores. Quem não tem barriga não vai a bodas”.
O autocarro do Beira-Mar foi penhorado por dívidas a ex treinadores dos escalões de formação. O valor em questão ronda os 12 mil euros.
António Regala, Presidente da Direção, disse que a solução do problema passa por arranjar outro veiculo para transporte de atletas e acusou o ex-treinador de falta de sentido clubístico.
Ricardo Pinheiro respondeu a esta crítica do presidente do Beira-Mar. Diz que é sócio com quotas pagas e que não admite ver colocada em causa a sua ligação afetiva ao clube do qual é sócio há 25 anos.
“Isto arrasta-se há anos. Em Setembro de 2011 foi assinado um acordo com a direção para pagar em 18 meses. Desde Outubro do ano passado até hoje recebemos zero. Os sócios têm que saber a verdade. A minha advogada antes de meter o processo falou com as pessoas que nunca estiveram disponíveis. E ontem, quando foi a situação do autocarro, também não estiveram disponíveis. Este beiramarense é sócio há mais de 25 anos. O Sr. Regala não me conhece mas eu conheço-o a ele e cumprimentei-o no jantar de aniversário. Ele deu-me o galardão dos 25 anos. Tenho as quotas pagas”. Diário de Aveiro |