O projecto do Parque de Ciência e Inovação (PCI), com localização prevista para a fronteira entre Ílhavo e Aveiro, sofreu "ajustes" na implantação dos lotes. Era essa, de resto, a principal exigência da declaração de impacte ambiental favorável emitida pelo Secretário de Estado do Ambiente no inicio do ano. A autoridade ambiental proibiu que sejam afetadas áreas com valor ecológico. O Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE) do PCI, colocado esta semana em consulta pública, dá conta de ajustamentos na parte de Ílhavo, a ocupação mais relevante, com 70 lotes, e também do limite global. Fica excluída a área afeta à via de ligação com a cidade de Ílhavo, já aprovada e à espera de reconhecimento de relevante interesse público (RIP). Na área de Aveiro, o RECAPE, que está em inquérito público durante duas semanas, adianta que foi alterada a localização inicial do edifício do Pólo de Experimentação Energia e Mar. Atendendo a que não é necessário imediatamente toda a área edificável e há urgência de obter o licenciamento para arrancar com a execução do projecto, o empreendimento avançará por fases, inicialmente com edifícios e lotes fora área de REN. A segunda fase corresponde à execução dos espaços verdes e equipamentos desportivos localizados na área de Ílhavo em área de REN, mas com usos compatíveis. A terceira fase, a avançar quando as dinâmicas do parque o justificarem, abrangerá a área de REN. O PCI, orçado em 35 milhões de euros, e com possibilidade de financiamento até 80 por cento com fundos comunitários, tem sido contestado por proprietários e agricultores de terrenos na zona da Coutada em risco de expropriação. Diário de Aveiro |