AVEIRO: MOÇÃO APROVADA EM EIXO CRÍTICA COM CEDÊNCIA DE LINHAS A PRIVADOS.

A Assembleia de Freguesia de Eixo aprovou, em Assembleia extraordinária, por unanimidade, um "protesto" pela cedência do "serviço público na área dos transportes urbanos" a privados. O executivo camarário vai receber a moção que coloca em causa a entrega por parte da Moveaveiro de linhas de autocarros ao grupo Transdev.

Uma medida prevista no "Memorando de entendimento" já acordado entre a edilidade e o operador. A proposta apresentada pelos eleitos do PS transmite o "mais vivo protesto em defesa dos interesses da população da Freguesia de Eixo".

Nessa moção, é dito que as empresas de transportes urbanos devem “ser geridas na esfera do município por se tratar de um serviço publico, o que se verifica desde o ano de 1959” e que as empresas privadas se orientam “pela obtenção de lucros” sem estarem vocacionadas “para o serviço público na área social”.

Os partidos alertam para o fato da empresa em causa não se encontrar “equipada para o transporte de deficientes e idosos” e de entregar o serviço sem a existência de contrapartidas.

Admitem agravamento de preços para a população, redução de horários e itinerários “pois o último transporte de Aveiro para Eixo passará a ser às 20h15 em dias de semana, quando atualmente é as 22h40”.

Finalmente contestam o memorando considerando que há “sobreposição de percursos, obrigando a uma duplicação de meios técnicos e humanos, com as consequentes ineficiências económicas e ambientais para ambos os operadores, sem que daí resulte qualquer vantagem, antes pelo contrário, para os utilizadores”.

A moção diz que o Município parece “mais interessado em defender os interesses económicos de uma empresa particular, do que os interesses das populações” e os partidos com assento na AF de Eixo questionam a abertura de linhas quando há uma deliberação de 15 de Julho de 2010 do Executivo Municipal de Aveiro a mandatar o Conselho de Administração da Moveaveiro para lançar um concurso público de concessão dos transportes urbanos de passageiros no Concelho de Aveiro, lembrando que essa deliberação não foi anulada.


Diário de Aveiro


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