AVEIRO: MANIFESTANTE QUEIMADO ESTÁ INTERNADO EM COIMBRA. TESTEMUNHOS FALAM DE ACIDENTE E NÃO IMOLAÇÃO.

Foi uma saída à rua como poucas vezes se terá visto. Entre 5 e 10 mil pessoas estiveram no centro de Aveiro em protesto contra a intervenção da Troika e contra as políticas seguidas pelo Governo de coligação PSD/CDSPP. Um protesto que marcou a vida do país no sábado ao final da tarde.

Em Aveiro, além da dimensão do protesto ganhou visibilidade o incidente com um jovem que terá pegado fogo ao corpo junto ao Governo Civil. Agora há informações que apontam para queima acidental.

O jovem que no sábado, em Aveiro, pegou fogo ao corpo e invadiu a esquadra da PSP local, quando estava a terminar a manifestação contra a austeridade realizada na cidade, permanecia ontem, ao final da tarde, internado. Foi a única informação dada a partir da unidade de queimados dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

Na altura em que foi assistido em Aveiro, os meios de socorro deram conta de queimaduras de segundo grau e "algumas mais graves" na parte superior do corpo, sem correr perigo de vida.

A PSP, através do gabinete de imprensa, confirmou, por sua vez, que vai seguir uma participação contra o indivíduo para o Ministério Público (MP) da Comarca do Baixo Vouga "devido aos acontecimentos em que esteve envolvido".

O jovem, residente em Aveiro, de 28 anos, mais velho do que inicialmente constava na identificação transmitida pelas autoridades, será trabalhador - estudante e ficou colocado no primeiro ano de um curso da Universidade de Aveiro.

A PSP considerou tratar-se de "ato isolado", enquanto um amigo do rapaz afastava "qualquer intenção de protesto político", mas sim em resultado de momento de "descontrolo".


Diário de Aveiro


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