O Reitor da Universidade de Aveiro (UA) referiu em entrevista à Terra Nova que o critério da contiguidade "é crucial no sucesso do Parque da Ciência e Inovação". Manuel Assunção assumiu, ontem, a defesa do projecto e da sua localização. A Universidade lidera o consórcio e para o Reitor o projecto assume as preocupações ambientais e tem propósitos que só a localização junto à UA garante no futuro. É tudo uma questão de reunir investigadores e empreendedores na mesma área e isso não se consegue com afastamento. "90 por cento dos Parques que tem tido sucesso no mundo, obedecem ao principio da contiguidade, estão na proximidade das instituições de ensino superior que os alimentam e lhes criam ambiente, a inovação precisa de ambiência para acontecer, isso é fundamental, imprescindível para o sucesso do projecto", referiu. Manuel Assunção reagiu também aos desafios da Quercus para que abandone essa localização. O Reitor responde com o trabalho desenvolvido por equipas da Universidade que são especialistas em questões ambientais. Defende estar mais preocupado em assegurar o financiamento e, com ironia, diz que estas questões não se tratam no facebook e que a porta está sempre aberta ao diálogo com a sociedade civil. "Não houve nenhuma sessão pública organizada com a UA, organizam sessões públicas e depois põem a Universidade perante factos consumados, não é assim, a minha agenda é a da Universidade não é a agenda dos outros, primeiro tem de falar comigo, tenho princípios e valores éticos, a minha cultura é a da conversa em sede própria, não é no Facebook", disse, respondendo aos desafios e às críticas da Quercus e do Bloco de Esquerda. Diário de Aveiro |