PS E BE CONTESTAM ENTREGA DE CARREIRAS DA MOVE AVEIRO A PRIVADOS. IVAR CORCEIRO (BE) FALA EM ADMINISTRADOR 'AMIGO' DO VICE DA CÂMARA.

Ivar Corceiro do Bloco de Esquerda (BE) acusou a autarquia aveirense de ser responsável pelo "afundamento" da Move Aveiro, considerando que "o modelo público de gestão nunca foi explorado de forma consistente pela coligação PSD/CDS-PP", dizendo mesmo, na Terra Nova no programa de debate politico (Canal Central), que o administrador da empresa ocupa o lugar por ter uma relação próxima com o Vice-Presidente da Câmara, Carlos Santos. "Não é uma má gestão por incompetência, é uma má gestão propositada", sublinhando, como exemplo da má gestão, o facto "dos autocarros que se movem com o combustível mais barato estarem parados e os que andam a gasóleo andarem a circular, ou seja, os a gás estão parados e os outros estão a circular".

"Na politica não basta ser sério é preciso parecê-lo, esta má gestão é feita por um 'amigo', alguém que está muito próximo da família do Vice-Presidente Carlos Santos, que se chama Miguel Caeiro, não tem currículo para estar à frente de uma empresa de transportes, não tem experiência nenhuma nesta área, puseram-no lá", acusou. O BE acusa a autarquia de promover a “má gestão” na Move Aveiro e de "favorecer amigos que não estão preparados para exercer essas funções".

PS e BE continuam a contestar a entrega de algumas carreiras a privados, em Aveiro, reservando outros percursos para a Move Aveiro.

Gonçalo Fonseca (PS) considera que o futuro de algumas Freguesias passa por "transformar viagens rápidas em excursões à cidade com tempos que vão passar de 15 minutos para 50 minutos". "Por exemplo, vir de Requeixo para Aveiro demorará 15 minutos, poderão no futuro fazer essa viagem em 50 minutos, isso não é transporte público é uma excursão, eu não posso demorar 50 minutos de Requeixo a Aveiro", adiantando que "não há nenhum documento que sustente do ponto de vista técnico e financeiro esta decisão", disse.

Gonçalo Fonseca desafia, ainda, o PP a reflectir sobre a sua posição nesta questão. Lembra que foi o partido que esteve associado à criação do serviço público de transportes urbanos em Aveiro e que tem responsabilidades nesse legado histórico.

"O CDS também esteve envolvido nesta criação do serviço de transporte público, portanto é hipócrita, estamos a falar de algo que sempre foi apoiado por um dos partidos da coligação e que agora, por decisão de Élio Maia, participa no desmantelamento de um serviço que custou muito aos aveirenses, este serviço era diferenciador pela-positiva, era uma boa herança do CDS, quero ver como vai reagir agora a estas decisões", afirmou.


Diário de Aveiro


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