ANADIA: ARGUIDO EM CASO DE HOMICÍDIO FALA NO INÍCIO DO JULGAMENTO. CELSO CRUZEIRO SEM RECEIO DO IMPACTO DE VÍDEO.

O advogado do homem que responde no Tribunal de Anadia pela morte do ex-companheiro da filha, num parque infantil da Mamarrosa, concelho de Oliveira do Bairro, não manifesta incómodo pela utilização em tribunal do vídeo com imagens do crime.

O arguido aceitou falar no início do julgamento e, ainda antes do arranque da primeira sessão, o advogado Celso Cruzeiro que defende António Ferreira da Silva revelou que o vídeo pode ser importante para se perceber as razões do desfecho.

“Nós nunca afastámos o vídeo podendo tê-lo feito. Do ponto de vista da lei, a defesa poderia, legalmente, ter-se oposto e pedido a sua exclusão dos autos porque estamos interessados em que se demonstre tudo quanto se passou e como se passou. O vídeo pode parcialmente ajudar. Mas também quisemos, desde o início, remeter para julgamento o teor do filme, dos depoimentos e de tudo o que se passou”.

Celso Cruzeiro espera um julgamento que procure compreender o que se passou na Mamarrosa no dia 5 de Fevereiro de 2011 onde Cláudio Rio Mendes se deslocou para ver a filha ao abrigo de autorização judicial. “No sentido de tentar compreender porque é que os fatos aconteceram. Mesmo as mais irracionais e injustificáveis quer as que têm uma objetividade e racionalidade mais evidente e mais à superfície”.

O encontro desse sábado de manhã, que terminou com a morte do jovem advogado do Porto, estava a ser filmado pela companheira da vítima, em telemóvel. Imagens que foram difundidas durante algum tempo nas redes sociais e por alguns órgãos de comunicação.


Diário de Aveiro


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