Se não surgir contratempo de última hora, poderá ficar decidido, esta tarde, o futuro da empresa de estiva do Porto de Aveiro. A associação de duas empresas de serviços de apoio ao transporte portuário da qual o sindicato dos trabalhadores do Porto de Aveiro também faz parte foi declarada insolvente no final do ano passado.
A Assembleia de Credores agendada para esta terça-feira no tribunal do comércio deverá analisar e discutir um plano de viabilização.
O pedido de insolvência aconteceu, coincidência ou não, quando o Governo tem em cima da mesa mexidas profundas no regime jurídico do trabalho portuário.
A frente comum sindical marítimo-portuária acusa o Governo de falta de diálogo e fez entrar um pré-aviso de mais uma greve, a terceira desde o final do ano passado, desta vez para o período de 19 a 21 de Setembro, ameaçando, novamente, parar os principais portos nacionais.
O sindicato dos trabalhadores do Porto de Aveiro marcou para esta manhã um plenário que servirá para preparar o novo protesto, assim como a Assembleia de Credores.
A proposta de viabilização a apresentar pela administradora judicial, Paula Mattamouros, inclui, entre outras medidas, a revogação de 10 dos 60 contratos de funcionários da ETP, permitindo reduzir encargos salariais na ordem dos 343 mil euros.
A associação tem dívidas na ordem do milhão de euros. Diário de Aveiro |