O CDS/Aveiro saiu em defesa do Regulamento de Gestão dos Canais Urbanos da Ria de Aveiro (RGCURA), considerando “natural” que os operadores que asseguram passeios de barco na laguna sejam “parte integrante e co-responsável” pela sua “manutenção e preservação”. “Aqueles que arrogam para si os benefícios e deixam o cidadão pagar a conta” devem passar a ser chamados a comparticipar na conservação dos canais. “Os aveirenses para tal já contribuem e têm vindo a contribuir, em larga escala. Os operadores ainda não, até agora”, referem os centristas em comunicado.
“Se não se pretende, de forma alguma, pôr em causa a valia dos passeios na ria para o turismo aveirense, também é obrigatório que os aveirenses não sejam chamados a pagar o que não devem, ou seja, manutenção dos canais, eclusas e pontes, factores imprescindíveis para os ditos passeios”, adianta a comissão concelhia liderada por Maria José França.
O CDS - um dos partidos da coligação que governa a Câmara de Aveiro - lamenta que o RGCURA não tenha sido elaborado em “verdadeira parceria e colaboração” entre a autarquia e os operadores, considerando que as empresas estiveram ausentes da discussão pública desencadeada pelo município.
“Quem agora se afirma numa espécie de desobediência civil, sempre se revelou arisco a contribuir para a construção deste regulamento”, declara a direcção concelhia do partido.
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