Entra hoje em vigor da taxa para os passeios de moliceiros (23 de Agosto). Um euro a mais cobrado num bilhete suplementar. Os passeios de barcos moliceiros passam a contribuir para a manutenção do espaço público da cidade de Aveiro.

Essa é a justificação dada pela Câmara para a aplicação da taxa de um euro por quem navegar pelos canais citadinos. Já os hoteleiros, que também vão ter de pagar por cada diária de alojamento, conseguiram mais algum tempo de isenção.

O município de Aveiro, à última da hora, suspendeu a aplicação da polémica taxa turística mas apenas aos hoteleiros. O compasso de espera deve-se, pelo que foi revelado, à necessidade do setor precisar de mais tempo para operacionalizar a cobrança e já terem sido feitas reservas para os próximos meses sem incluir o valor acrescido de um euro.

O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, anunciou que a taxa avança esta quinta-feira apenas nos passeios de barcos moliceiros e garante que a fiscalização municipal estará atenta. “O operador vem ao Gabinete de Atendimento Integrado e compra as senhas. É evidente que há uma entidade a fiscalizar e por isso existe regulamento com regras”.

Os operadores marítimo-turísticos que explorar passeios de barcos moliceiros nos canais citadinos, também abrangidos, sentem-se discriminados.

José Felício, um dos empresários ligado à atividade, teme a fuga de clientes com o aumento de 5 para 6 euros e duvida que seja sempre cobrada a taxa.

“Era preciso um fiscal em cada banca mas há empresas que não passam bilhete. Mandam entrar as pessoas”.

O município segue exemplos de outras cidades europeias que usam a taxa para suportar encargos com a manutenção do espaço público que aparece nos postais e tanto atrai visitantes.