É um sinal de preocupação devido ao estado de limpeza das margens da ria. Alerta de um proprietário de marinhas que vê sinais de degradação nos materiais depositados e até mesmo nalguns materiais utilizados para manter os muros das marinhas.
Um pouco à semelhança da campanha "Limpar Portugal" começa a ser urgente uma ação do género só para iniciar a erradicação de lixo depositado nas margens do salgado de Aveiro. A imagem atual com que se depara quem navega pelos canais exteriores ou anda pelos acessos onde é possível circular revela desleixo. José Domingues Maia, médico aveirense, proprietário de marinhas e profundo conhecedor da ria, deixa o alerta. “Numa cidade com uma universidade onde tem departamento de ambiente, um tipo vai passear à ria e vê a proteger as motas pneus, margens com fogões e arcas frigoríficas, isto não abona nada a favor do ambiente.
A navegação nos canais começa também a ser uma verdadeira aventura, em alguns locais quase impossível e só ao alcance de conhecedores. “A ria é para conhecedores. Quem não conhece não deve meter-se porque isto não é brincadeira nenhuma”.
José Domingues Maia está convencido que não seriam necessários grandes investimentos para restabelecer a navegação nas marinhas mais afastadas, permitindo recuperar muitas das casas de apoio atualmente ao abandono, que poderiam constituir atrações turísticas do tempo em que os marnotos trabalhavam na safra do sal. Diário de Aveiro |