ÁLVARO GARRIDO PREOCUPADO COM EFEITOS NA ECONOMIA TRADICIONAL DA SÚBITA PAIXÃO PELO MAR

O coordenador da direção do Museu Marítimo de Ílhavo, especialista em questões ligadas à economia do mar, diz que a recente descoberta da classen política que faz apelos para o regresso ao mar deve ser analisada com ponderação. Álvaro Garrido diz temer pelas atividades tradicionais que, na sua opinião, devem ser salvaguardadas.

“Há uma poeira de discurso muito grande. A paixão pelo mar despertou, de repente, em muita gente que a não tinha e que até comprovou o contrário e parece que há uma descoberta das oportunidades que o mar oferece. Não parecendo haver sensibilidade cultural e conhecimento. Não podemos abolir uma realidade social que é a economia do mar tradicional e colocar em seu lugar grandes negócios estratégicos que não estão sedimentados nem organizados”.

Álvaro Garrido preocupado com os efeitos da recente “febre” pelo regresso ao mar. O professor universitário admite que é preciso conhecer o tema em profundidade antes de agir.

“É precioso cautela, governação, regulação e prospeção para ver quais as potencialidades. Há trabalhos das universidades e da estrutura de missão para o alargamento da plataforma continental. É aí que o papel do Museu tem dimensão social importante. Importa dar sedimento cultural a isto. Se o mar não se sente dificilmente se conhece”.


Diário de Aveiro


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