Os Grandes Veleiros do Mundo já estão atracados nos cais do Porto de Aveiro. A cerimónia de boas vindas, com a presença dos capitães de quase todos os navios e de abertura oficial do "Ílhavo Sea Festival" (entre 3 e 6 de Agosto), realizou-se esta tarde a bordo do Navio Museu Santo André, atracado no Jardim Oudinot no Forte da Barra (Gafanha da Nazaré). Ribau Esteves, líder autárquico ilhavense, falou da "cultura de mar" vivenciada em permanência no Concelho de Ílhavo e na razão de ser do Festival, "assinalar os 75 anos do Museu de Ílhavo". "O mérito é da nossa gente que durante séculos fez com que a nossa cultura marinheira fosse forte, tão presente naquilo que fizemos até aqui, naquilo que fazemos todos os dias e nas nossas apostas de futuro". "Homenageamos os nossos homens do mar assim, invocando, comemorando, perpetuando o seu esforço heróico e carácter marítimo", disse. Ribau Esteves vincou ainda "a mensagem de paz que os Veleiros internacionalmente transmitem", sublinhando que "os Veleiros simbolizam a paz, as suas velas são sinais de paz na cooperação entre os povos, estes eventos apostam na cooperação entre os povos, cooperando somos capazes de dar mais felicidade aos homens e mulheres das nossas terras", referiu. Os Veleiros poderão ser visitados este fim-de-semana no Porto de Aveiro. Creoula, Santa Maria Manuela, Argus, Mir, Alexander von Humboldt II, Dar Mlodziezy, Johanna Lucretia e Maybe, entre outras embarcações, prometem atrair milhares de visitantes ao Porto de Aveiro. No ano em que se comemoram os 75 anos do Museu Marítimo de Ílhavo, que se associa aos 75 anos do Creoula e do Santa Maria Manuela, o Porto de Aveiro recebe embarcações de classes A e B. A bordo dos veleiros viajam pessoas de todas as idades mas, para os viajantes da região de Aveiro, os antigos lugres bacalhoeiros são uma experiência marcante. Joana Ramalheira chegou, ontem, ao Porto de Aveiro e à chegada reconheceu, em declarações à SIC, que a experiência de mar é marcante e permite tomar contacto com a realidade vivida pelos antepassados. "Experimentei sensações que os nossos antepassados tiveram, uma experiência gratificante, recomendo", referiu. Marques da Silva, antigo capitão do Creoula, foi à chegada apenas para matar saudades. "Tinha 22 anos de idade quando embarquei como piloto neste navio e quando posso aproximo-me dele e gosto de o rever", sublinhou. Foto: António Martins Diário de Aveiro |