A população de Oliveira do Bairro (72%) entende que deve ser a Assembleia Municipal a decidir sobre a agregação de duas freguesias, imposta ao abrigo da lei nº22/2012, de 30 de maio. Foi este o resultado do estudo de opinião, encomendado pela Câmara Municipal de Oliveira do Bairro e realizado pela Eurosondagem, à população do concelho, sobre a Reorganização Administrativa Territorial Autárquica.
Das 861 entrevistas, onde foi colocada a pergunta “De acordo com a Lei n.º 22/2012, de 30 de maio, o município de Oliveira do Bairro terá de agregar, no mínimo, 2 freguesias. Entende que esta agregação deve ser decidida pela: Assembleia Municipal (AM) ou pela Assembleia da República (AR)?”: 71,9% responderam Assembleia Municipal, 11,8% que a decisão deveria ser deixada para a AR e 16,3% não responderam ou não sabem. De acordo com a ficha técnica, o erro máximo da amostra é de 3,27%, para um grau de probabilidade de 95%.
Mamarrosa abaixo de 60%. Os resultados obtidos por freguesias (ver quadro) manifestam de forma expressiva a mesma opinião, de que deverá ser a AM de Oliveira do Bairro a definir a agregação. As freguesias da Mamarrosa e de Bustos são as que revelam percentagem mais baixa relativamente à decisão ser tomada pela AM; ainda assim, são favoráveis a isso.
O estudo foi realizado nos dias 20, 23 e 24 de julho, altura em que também decorreram (de 16 a 21 de julho) sessões de esclarecimento promovidas pela Comissão Permanente da Assembleia Municipal, nas seis freguesias do concelho. O resultado da sondagem foi revelado na última reunião de câmara, pelo presidente, Mário João Oliveira, que avançou ainda que a mesma custou 2.100 euros.
O estudo foi efetuado pela Eurosondagem, através de 861 entrevistas telefónicas validadas, a população com 18 anos ou mais, residente no concelho, e habitando em lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por freguesias (Mamarrosa – 8,9%; Oiã – 29,3%; Bustos – 12,8%; Troviscal – 11,7%; Palhaça – 12,9%; Oliveira do Bairro – 24,4%); sexo feminino – 52,4%; masculino – 47,6%; dos 18 aos 30 anos – 17,2%; dos 31 aos 59 – 51,6%; com 60 anos ou mais – 31,2%. Um exemplar deste estudo está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
PSD vai respeitar vontade da população
No seguimento da aprovação da Lei N.º 22/2012, que consagrou a obrigatoriedade da reorganização administrativa, o PSD reuniu em Plenário Concelhio, no dia 22 de junho, e deliberou, por unanimidade, respeitar a vontade expressa da população, nomeadamente os pareceres e decisões emitidos pelas Assembleias de Freguesia.
Depois de ouvida a população e os autarcas do concelho nas sessões de esclarecimento promovidas pela Comissão Permanente da Assembleia Municipal, analisados os pareceres das Assembleias que apontam no sentido da manutenção das freguesias e ouvidos os militantes do partido, “o Partido Social Democrata tudo fará para que a atual organização do território no concelho se mantenha, em defesa do superior interesse da população do concelho de Oliveira do Bairro”, avança a Comissão Política de Secção, liderada por António Mota, em comunicado enviado à nossa redação.
Oriana Pataco
Diário de Aveiro |